18.1.08

Foi um sonho e eu tinha tudo isso...

Uma escultura de Giacometti.
Outra de Krajcberg.
Um quadro de Francis Bacon.
Outro de Rauschenberg.
Uma gravura de Hokusai.
O mural "Medicina" de Klimt, salvo intacto das chamas nazistas.
A bengala e o chapéu de Carlitos.
Uma gravura em metal e uma xilo de Kathe Kollwitz.
Um bico de pena de George Grosz.
Uma aquarela de John Singer Sargent. Perto dela uma outra feita pelo meu amigo Gonzalo Cárcamo.
Uma tela de Tápies. Outra, figurativa, de Richard Diebenkorn, mostrando ruas asfaltadas em uma cidade.
A primeira edição de um livro vitoriano ilustrado por Edmund Dulac.
Um original do ilustrador Yoshitaka Amano. Um nankim do Dave McKean e uma aquarela da série Arzach, do francês Moebius.
Uma máscara africana de mais de 300 anos.
Uma página de um dos códex do Leo Da Vinci com o desenho de uma máquina ancestral do helicóptero.
Duas esculturas, uma delas de Ernst Barlach a outra de Xico Stockinger.
Um sketchbook de Peter Beard (daqueles bem grandões e grossos). Perto dele um caderno de Picasso, com todas as páginas de estudos para a pintura "O Rapto das Sabinas".
Uma pequena escultura da deusa da fertilidade em pedra basalto de aproximadamente 10 mil anos.
Um armário chinês de mais de 200 anos.
Uma célula de animação de "Pink Floyd the Wall", feita por Gerald Scarfe.
Outra do filme "Fantasia".
Uma pintura da série Light Runners, do meu professor e mestre Marshall Arisman. Ao lado dela uma pintura do goiano Siron Franco. Há também, na mesma parede, um grande óleo de Kent Williams.
Do outro lado, temos uma gravura em metal de Goya, da sua série Caprichos. Há ainda uma de Rembrandt (um belo auto-retrato) e uma litografia de uma cena urbana, feita por Honoré Daumier.
Um desenho criado pelo cineasta Akira Kurosawa para o seu filme "Sonhos". E bem protegida da luz, uma página ilustrada vinda de algum livro persa do século XIV.
Em uma parede, sozinha e em destaque, a pintura Joan of Arc, que Jules Bastien-Lepage pintou em 1879.
Uma giclee print de uma ilustração do Lula Palomanes. Perto dela um original em preto e branco do Mike Mignola para os quadrinhos do Hellboy ("Seed of Destruction").
Um bico de pena do Lajos Slazay, da série Genesis.
Móveis originais de Mies Van Der Rohe.
Uma caricatura original de James Brown feita por Al Hirshfeld. Ao lado dela uma ilustração feita por Ronald Searle durante o tempo em que foi prisioneiro na Indochina.
Uma peça bordada por Arthur Bispo do Rosário, o manto que ele preparou para quando se apresentasse diante de Deus.
Uma fotografia de Miguel Rio BrancoE outras de fotógrafos como Sebastião Salgado,  James Nachtwey, Ansel Adams, Robert Capa,  Cartier Bressone também Sally Mann. Escondida sob um pano preto está uma foto feita por Joel-Peter Witkin. O pano preto é para que meus filhos não a vejam e tenham pesadelos.
Uma grande cabeça de soldado holandês em cerâmica e um desenho em pastel de um nu, ambos feitos por Francisco Brennand.
Um sketchbook de Toulouse Lautrec. Gostou desse?


E mais umas outros objetos e coisas como:
Um capacete de bombeiros americanos do século 19
Um par de baquetas de Stewart Copeland
Um cachimbo de Norman Rockwell, aquele que foi salvo da lixeira onde haviam panos sujos de turpentina, um pouco antes de incendiar todo o seu estúdio.
3 capacetes de guerra originais, um viking, um de samurai e outro medieval alemão.
Um fóssil de um filhote de Tiranossauro Rex.
Um contrabaixo acústico que pertenceu a Charles Mingus.
O violão-harpa (ou harp-guitar) que Michael Hedges usou na gravação da música "Because It's There".
A guitarra Fender que David Gilmour usou na gravação de Time, música do álbum "Dark Side of The Moon". A Gibson SG Double Neck de jimmy Page.
Diversos bonecos: um marionete de 2 metros de altura vindo da Tchecoslováquia (e que foi usado o filme Faust de Jan Svankmajer), um boneco usado na filmagem de "O Estranho Mundo de Jack"(Nightmare Before Christmas, de Tim Burton) e outro em "Fuga das Galinhas"(dos estúdios Aardman).
Em uma moldura de passe partout negro está uma página de partitura com anotações de punho feitas por Miles Davis, e usada por John Coltrane na gravação do disco Kind of Blue.
Um lenço de papel com um beijo em batom e uma dedicatória de Audrey Tatou
A claquete e a roupa da morte usadas na filmagem de "O Sétimo Selo" (de Bergman). 
Uma miniatura de um galeão espanhol feita no século XIX.
O diário de bordo de Ernst Shackleton durante a expedição ao ártico a bordo do "Endurance" em 1914.


Não se preocupem com o espaço para caber tudo isso. A casa é ampla, o pé direito alto, com fortes vigas negras. O projeto é de José Zanine Caldas, com alguns pitacos meus, claro.


E se você pensou em segurança, saiba que é nula a possibilidade de qualquer coisa ser roubada do meu sonho.


E você, o que tem na sua casa?

6 comentários:

Anônimo disse...

Oi Alarcão,
Sonhar não custa nada né.
Primeiramente, como bom mineiro, gosto de valorizar a cultura daqui. Existem diversos artistas da terrinha que admiro. Na minha casa seria obrigatório:
-Uma escultura e um desenho do Amílcar de Castro.
-Uma pintura do Guignard
-Uma escultura de Franz Weissmann(não era mineiro, mas teve uma ligação grande com BH)
-Caderno de anotações de Guimarães Rosa
-Caderno de poemas de Carlos Drummond de Andrade
-Um violão autografado por Milton Nascimento e Lô Borges
-Um desenho do Ziraldo
-Um boneco do Giramundo
-Um fotograma de Humberto Mauro
-Artesanatos de diversas regiões de Minas como Carrancas do Rio São Francisco, peças de cerâmica, colchas de retalho, etc...
-Na mesa, comida Mineira, Pão de Queijo e doces de Minas
-Um fogão de lenha
-E uma rede, E Trem Bão Sô!

Também colocaria obras de artistas e amigos contemporâneos que conheci, mas não vou citar aqui o nome. Esse sonho ainda dá pra realizar, quem sabe.

Mas é claro que teria outros espaços para outras coisas(já que é sonho mesmo,vou sonhar alto agora : )
-Uma pintura do Klimt
-Uma Pintura do Klee
-Uma Pintura do Miró
-Uma pintura do Pollock
-Uma pintura do Franz Ackermann
O que posso fazer se gosto é de pintura hehe
-Aquarelas de Thomas Ender, Sargent e Andrew Wyeth
E algumas espadas medievais para defender meu reino : )
abraços

Alarcão disse...

Pois é, Augusto, você me inspirou. Faltou na minha casa uma têmpera do Andrew Wyeth (da série "Helga") e uma mesa com pão de queijo e tigelinhas de escondidinho de carne-seca com purê de aipim e um barrilzinho de canela cheio daquela cachacinha mineira da boa. Para receber bem os amigos.

Anônimo disse...

Ah, a cachacinha daqui é famosa.
Eu lembrei de um fato engraçado.Um causo, com se diz por aqui.
Em Minas a cachaça também é chamada de "branquinha". Uma vez, escutando uma entrevista no rádio, ao vivo, um reporter daqui perguntou para um cantor conhecido, já que ele se encontrava aqui em Minas, se ele gostava de uma "branquinha", e o cantor rapidamente respondeu, "prefiro uma verdinha". haha fato verídico : )

Murilo Endriss disse...

Na minha humilde casa teria
Ilustrações de Renato Alarcão,junto com desenhos da velha guarda,Jaguar, Millôr.
Colagens de Scliar
Gravuras de Samico
Uma pena e um desenho de Hermann Zapf.
Uma edição Aldina
Uma caixa de tipos usada por Gutemberg.
E uma foto da pedra do Leme minha paixão.
Muitos belos livros e outras peças que são sonho de muitos.

Anônimo disse...

Na minha casa, teria um tiranossauro empalhado, uma moeda gigante, o batmóvel e umas redomas de vidro com uniformes de ex-ajudantes.

E também uns computadores grandões bem bacanas, daqueles com luzinhas piscantes e cartões perfurados!

abraços, Bruce Wayne.

Anônimo disse...

Olá Renato,

Na casa dos meus sonhos teria uma estante enorme para os meus livros, um lugar só meu para brincar com meus pincéis e tintas, uma monotipia do mestre Renato e uma tela da minha professora Suzanna na parede, uma cozinha ampla e equipada para cozinhar para meus amigos, bons vinhos, bons cds, um jardim, mesmo pequeno, um cachorro boxer, uma varanda no meu quarto! Como é bom sonhar! Grande abraço,

Lúcia Russo