31.8.11

Poetas, artistas e o seu trabalho



Há pouco tempo atrás tomei contato com o texto da poeta Wislawa Szymborska, polonesa e ganhadora do Nobel de literatura em 1996. 

Compartilho aqui trechos do seu discurso na solenidade do Nobel. Troquemos a palavra "poetas" por "artistas" e estamos diante de verdades simples como a água que se bebe na concha das mãos (ôpa, parafraseei um Mário Quintana aqui).

"...Ainda não faz tanto tempo, os poetas se esforçavam para nos escandalizar com suas roupas extravagantes e seu comportamento excêntrico. Tudo isso era só para encher os olhos do público. Sempre chegava a hora em que os poetas tinham de fechar a porta atrás de si, despir suas capas, seus penduricalhos e outras parafernálias poéticas e enfrentar - em silêncio, com paciência, à espera de si mesmos - a folha de papel ainda em branco. Pois, no final, é isso o que de fato conta."

" ...A inspiração não é um privilégio exclusivo de poetas e artistas. Existe, existiu, existirá sempre certo grupo de pessoas a quem a inspiração visita. É formada por todos aqueles que conscientemente escolheram a sua vocação, e fazem seu trabalho com amor e imaginação. Podem incluir médicos, professores, jardineiros - eu poderia fazer uma lista de mais de cem profissões. Seu trabalho se torna uma aventura constante, enquanto forem capazes de continuar a descobrir nele novos desafios. Dificuldades e reveses nunca sufocam a sua curiosidade. Um enxame de questões novas emerge de cada problema que eles solucionam."

"Não existem muitas pessoas assim. A maioria dos habitantes da Terra trabalha para ganhar a vida. Trabalham porque têm de trabalhar. Não escolhem este ou aquele trabalho por paixão; as circunstâncias de suas vidas fizeram a escolha por eles. Trabalho sem amor, trabalho maçante, trabalho cujo mérito consiste no fato de que outros nem isso têm - aí está uma das mais penosas desventuras humanas."

"Assim, embora eu possa recusar aos poetas o monopólio da inspiração, ainda os situo num grupo seleto de favoritos da Fortuna."

29.8.11

Balinha no sinal


No Rio de Janeiro chamamos o semáforo de "sinal".


O colega ilustrador Da Costa, que está com uma mostra de seus trabalhos no Salão de Piracicaba, me enviou diretamente de lá a foto abaixo. 


Illustra Brazil - China

A SIB - Sociedade dos Ilustradores do Brasil, realizou na China em Agosto a exposição Illustra Brazil.


Os 100 artistas participantes enviaram para Shangai suas visões sobre o tema "Brasil".


Participo da mostra com 2 trabalhos: a ilustração dos pássaros biguás em voo sobre a cidade do Rio de Janeiro (capa do livro "36 vistas do Cristo Redentor" que você já pode  conhecer aqui),  e o tema "Festa Junina", ilustração publicada no livro Infantil "Meu avô português", da editora brasileira Panda Books.


A arte final foi feita em acrílica sobre papel Canson Miteintes amarelo. Dá pra ver nos crôses abaixo alguns detalhes (virginianos como eu costumam se entreter com estas filigranas...) 




O desenho do Cristo Redentor, clichezão da brasilidade brazuca, foi parar na capa do catálogo IllustraBrazil-China. O design da parada toda foi obra do designer Marcelo Martinez.



Congratulações aos sibianos (ou seriam sibícolas?) por mais esta realização. Palabéns meus camaladas que plantaram esta semente brazuca na terra de Mao!

20.8.11

O Astrônomo (uma fábula de Esopo)

Esta semana terminei as últimas ilustrações para um livro com versões contemporâneas das fábulas de Esopo.
Será o primeiro livro infanto-juvenil (e infantil) do nosso muito conhecido autor Paulo Coelho.

5.8.11

Lá na China

A SIB vai levar a ilustração brasileira para a China. A exposição nas terras distantes de Mao e de WeiWei vai se chamar Illustra Brazil, e foi organizada pelo brother, designer e cantor de surf music Bruno Porto.


O Catálogo da exposição tem design do fera Marcelo Martinez e ilustração minha na capa. É do Brazil-zil-zil!

Se você está no Facebook, pode acompanhar o que está rolando e ver as fotos na página do evento. MAs a boa mesmo é acompanhar pelo blog.