14.7.09

A quem aprende e a quem ensina

Escrevi esta mensagem abaixo a um estudante que, antes de abandonar meus cursos, enviou-me um e-mail onde, dentre outras coisas, disse:
"...porque eu acho que seus conceitos mudaram um pouco e eu me identifico mais com os antigos."

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Caro

Houve um tempo em que o ensino de arte era algo escrito praticamente em tábuas de pedra, como se fossem leis perenes. Professores partiam de profundas convicções e as impunham a seus alunos, sem respeito às múltiplas diferenças de personalidade e interesses expressivos de cada indivíduo.

Um cara como Matisse, por exemplo, teve a sorte de estudar com um professor que conseguia enxergar em seus alunos o potencial latente, e assim trabalhava para magnificar o que cada um deles tinha de mais especial e único. Este era um professor que não impunha verdades absolutas, nem a sua própria forma de ver ou de se expressar.

Lá longe no passado, o sábio Sócrates foi o tipo de professor que chegava em seus colóquios com o objetivo primordial de apenas dialogar. A própria estrutura da palavra dialogar explica bem seu significado: as verdades e conclusões mais sólidas nasciam do embate das idéias do mestre com seus discípulos. Tese, antítese e síntese.

Esta forma de educar e, porque não dizer de aprender, é talvez a que mais me entusiasma e inspira hoje. Os tempos são outros, e, como sabemos bem, tudo evolui muito rápido.

Entendo que o ensino e a aprendizagem de qualquer forma de arte deve ser orgânico e não um conjunto de regras pré-estabelecidas para atender às necessidades de todos.

Vejo um surfista que desliza sobre aquela superfície irregular e inconstante e, mesmo assim, tem que tomar decisões a cada milisegundo para traçar sua trajetória ao longo de uma onda. Ouço um solista de Jazz que leva suas notas para passear sobre uma base bem marcada, e percebo também que ele muitas vezes caminha sem saber exatamente onde vai chegar. É justamente assim que a criação artística brota do seu núcleo mais profundo, a pura fonte da intuição. Da mesma forma, compreendo assim o aprendizado de arte: traçar a jornada como se esta fosse mais importante do que o ponto de chegada.

Há apenas uma semana atrás aprendi uma nova com um amigo taoísta e profundo conhecedor do I-Ching:

" Um professor não deve dispender um grande esforço para educar seu discípulo. A prerrogativa do esforço, da disciplina e do interesse, deve partir sempre do aluno."

Por compreender a profundidade de palavras tão simples, vi-me imediatamente arrebatado por este conceito. E por isso já adotei esta mudança.

Vamos falar a verdade. Na maioria das vezes o professor está ali apenas para criar contextos e oportunidades de aprendizagem, ser a ponte para que outros atravessem, mesmo que aqueles venham a conhecer lugares por onde o próprio mestre jamais pisou ou pisará. O mestre não pode caminhar o caminho por você.

A partir de uma certa idade, especialmente aquela ali por volta dos 8 anos, começamos a usar mais a borracha do que o lápis quando nos lançamos aos materiais de arte. O processo se dá de forma lenta, porém inexorável, e assim construímos muralhas ao redor daquele centro criativo que pulsa no recôndito mais profundo da nossa alma. Chega um momento em que pouca coisa sai dali sem passar antes pelo filtro do racional. O sentimento que cresce e se apodera do indivíduo se parece com um medo travestido de vaidade, fruto vão de um desejo de ganhar elogios, de ser adulado, uma necessidade boba de recompensa emocional, uma vontade de fazer "certo".

Refletindo sobre o trabalho que venho desenvolvendo nos meus cursos e oficinas, percebo que, primeiro de tudo, busco mostrar à pessoa que ela pode, deve e tem o direito de ousar fazer qualquer coisa que dê na telha. Isso porque somente o fazer prático pode ajudar-nos a perder aquele infeliz medo de fazer "feio", "errado", ou fora daqueles cânones bobos de "buniteza" que sei-lá-quem alicerçou. É preciso sim errar e muito, e aproveitemos que ainda não está escrito em lugar nenhum a temida lista de punições para quem "errar" quando atrever-se a expressar-se criativamente.

Cada aluno que me procura tem um potencial diferente e eu só procuro abanar este fogo pessoal, para torná-lo mais aparente e visível (visível para o próprio dono do fogo, importante que isso fique claro). Ocorre às vezes que a pessoa possui apenas uns "foguinhos" dispersos, umas brasinhas espalhadas, uns fogos de palha...

Jovens com grandes qualidades potenciais em estado ainda imaturo são como uma pedra bruta aguardando apenas o cinzel do mestre. Que nada, não é sempre assim que a coisa funciona. Embora a sorte de encontrar um mestre na vida (eu topei com 3 até agora) seja tão rara quanto a de encontrar o seu amor verdadeiro, o esforço maior para lapidar-se em diamante sempre deverá ser do maior interessado: o aprendiz.

Se eu pudesse voltar aos meus vinte anos, talvez só desejasse acrescentar umas pequenas coisas nos primeiros anos da minha vida de artista: o hábito de manter um diário gráfico sempre ao alcance da mão, a prática compulsiva do desenho e mais alguns quilômetros de leitura. Agora, quase um burro de meia idade, aconselho meus alunos a fazerem isso e me realizo ao ver que eles não estão incorrendo nos mesmos erros que eu cometi durante aqueles importantes anos da minha formação.

Assim, em resposta à frase que parece me acusar de uma heresia ("seus conceitos mudaram um pouco"), digo apenas que a mudança é parte da própria vida, é parte dessa coisa entrópica que a tudo gasta no universo, seja o aço ou as montanhas. O mundo das idéias, mesmo sendo não-físico, não está imune a esta força.

Algumas verdades é que permanecem as mesmas sempre. Um dia vamos morrer, e quando esta hora chegar, talvez o único consolo que nos reste seja o pensamento de que vivemos a vida que realmente desejamos viver. Nesta hora, podemos nos lamentar por não termos ousado mais, corrido mais riscos.

"Não siga a estrada, apenas; ao contrário, vá por onde não haja estrada e deixe uma trilha.", disse Ralph Waldo Emerson.

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PS: Este texto nasceu de uma profunda alegria, causada pela visão da produção das muitas pessoas criativas que passaram pelos meus cursos em diversas cidades do Brasil(clique no título para conferir).

26 comentários:

Unknown disse...

vovó às vezes me fala, quando a gente quer arrumar pretexto pra desistir de alguma coisa: barriga cheia, goiaba tem bicho. Jogador ruim costuma colocar a culpa na chuteira errada, mas jogador bom joga descalço e com bola de meia...

Anônimo disse...

Grande Alarcão. Digo grande, pois para mim sempre vi como uma pessoa fora do comum, um coração bom, criatividade que tem uma fluidez que contagia pessoas à sua volta, e uma simplicidade e carisma sem igual.

Excelente texto, excelente reflexão e exemplos. Também penso que aprendizado é consequência dessa vontade e empenho. Aprendemos em todo e qualquer momento da vida, querendo ou não, a cada minuto, a cada experiência estamos vivenciando e tendo oportunidade de aprender e crescer. E nós aprendizes (e sob esse ponto de vista, todos somos aprendizes, até os que são mestres) nos rodeamos de saber e experiências, devemos saber aproveitá-las.

Sou muito feliz por ter feito cursos com você e a Rosa, pessoas que tenho como grandes referências, não só como profissionais, de criatividade, mas de caráter, generosidade e de bom coração. Sou louco para fazer mais cursos e oficinas e colar mais em vocês como mestres. =)

Abração.

=)

Ana Elisa Granziera disse...

Lindo texto, Alarcão. Parabéns.
Pena que o rapaz deixou seu curso... tanta gente na fila para fazer... :P
Fiquei com ainda mais vontade de aprender com você, e espero ansiosa pelo próximo workshop aqui em SP.
Abraços,
Ana Elisa.

Eduardo Salavisa disse...

Olá. Boa reflexão sobre o ensino do desenho. Também penso que nós professores não ensinamos nada, só transmitimos (quando conseguimos) o gosto pelo desenhar. Abraço.

Cris disse...

Pfff papinho de aluno relapso.
Faz tempo que eu acho que os marimbondos deveriam fazer uma casa em São Paulo :)

aline.h disse...

olha, renato... eu gostei muito do que você disse.
esse pulsar da atividade artística que vemos em você quando estamos em um curso seu é inspirador e nos dá aquele cutucão: cara, se mexe e busca sua expressão. e isso acaba sendo tão verdadeiro e natural que talvez algumas pessoas achem pouco.
eu achei demais! mudou muita coisa em mim depois do diário gráfico.
gotta move!
um beijão,

Ellen disse...

Dear Teacher,

Já na tal meia-idade decidi voltar ao meu início, a ser aluna, e tentar reencontrar vontades, habilidades, gostos abandonados há tantos anos, adormecidos em algum lugar dentro desse universo infindável que há atrás dos olhos de cada um de nós. O tal diabinho racional estava já tão bem acomodado sobre meu ombro, que sequer conseguia começar um rabisco qualquer, tanto me assustava a folha branca. Comecei um curso de desenho básico e me surpreendi com a rapidez com que veio à tona minha fada artística que hibernava tão quietinha que parecia morta. Me surpreendo ainda quando dou um desenho por terminado: fui eu que fiz? Tem certeza? No meio do curso o Diário Gráfico cruzou meu caminho e o gosto pelos resultados invadiu os processos. Agora só posso sentar se estiver com todas as pendências do cotidiano atendidas, porque esqueço do mundo e não paro mais!

O que os dois professores me ensinaram? Nada. Mas me mostraram um oceano que dormia dentro de mim, me ajudaram a encontrá-lo, a gostar dele e perder o medo de explorá-lo. (Engraçado que os dois repetiam sempre a mesma regra: tem que errar!)

Obrigada Renato Alarcão; obrigada Fernando Chui.

Ellen

Daniel Confortin disse...

Renato... tirei um tempo para ler e reler esse teu texto. Não quero me alongar mas, por essas e outras sempre digo, você é um dos meus professores. Me senti 'bem acompanhado' quando me deparei com tuas 'idéias mutantes'... espero que as Parcas nos permitam ainda outros papos! Grande e caloroso abraço direto do frio do sul =) estendido à Rosa, Vicente e Joaquim!

Pacha Urbano disse...

Acredito que como em qualquer relação, não rolou aquela química entre vocês.

Se o cara prefere um regime mais castrador, beleza, vai à luta.

Desistir é fácil, insistir é que são elas.

Anônimo disse...

Muito bom o texto Renato. Posso dizer com certeza que vc é um ótimo professor, aliás, todos no marimbondo são. Tenho tentando fazer exatamente isso que vc escreveu - ter um diario sempre a mão, desenhar e ler muito - e notei uma evolução grande nesses últimos tempos, não para os outros, mas para mim mesmo. Como a gente sempre conversa, tenho certeza que o marimbondo ainda vai virar um grande centro de ensino.

Grande abraço.

Leo Louzada

Heitor Furtado disse...

Compartilho dessa reflexão. Seu curso em pouco tempo permitiu que eu mudasse minha visão do universo da ilustração. Tenho um longo caminho a percorrrer mas acredito que vai ser bem mais legal a jornada agora que enxergo e vejo um horizonte bem mais amplo.

Lamento pela pobre alma que te usou como desculpa para a própria incapacidade de aceitar a única constante dessa vida, paradoxalmente, a mudança. Torço para que ele entre na dança.

Abs!

Heitor Furtado

Ygor Marotta disse...

Diário Gráfico despertou o lado artista, que estava meio duvidoso em mim.
Se eu fizer sucesso, a culpa é tua.

Eterno grato! :)
;)

Unknown disse...

ainda não tive o privilégio de fazer um curso contigo. acompanho teu trabalho, teu blog e babo quando vejo a oferta dos cursos do Estúdio Marimbondo.
escrevo par deixar registrada a imensa alegria de ler o texto (que vou indicar para alguns amigos) e os comentários que se seguiram.
parabéns pelo trabalho! e oxalá meu dia de estar em um curso teu não esteja muito longe!!!!
abraços do sul do sul

Ceres

Daniel Carvalho disse...

Sir Thomas More:
Why not be a teacher? You'd be a fine teacher; perhaps a great one.

Richard Rich:
If I was, who would know it?

Sir Thomas More:
You; your pupils; your friends; God. Not a bad public, that.

Daniel

Anônimo disse...

Perdi a conta de quantas vezes li seu post. Hoje não tenho dúvidas de que você não é só uma inspiração como artista, mas também como mestre.

Foi um prazer participar da oficina!

Kaori

Anônimo disse...

Olá Alarcão, falei com você por fone na sexta á noite sobre suas oficinas no marimbondo.
meu e-mail é rapha.works@gmail.com,
me envie os modulos em pdf pra que eu possa me inscrever.
abraço
até breve
Rapha

Belga disse...

Obrigado por compartilhar a carta.
Vc tem sido um mestre a distância, sorvo o conteúdo com deleite, o que tu diz é válido e reluz.
Tive aqui em Brasília 3 mestres, um deles me orienta no mestrado agora. Um deles -não é o que me orienta- disse certa vez que um bom professor é aquele que leciona/treina de modo que seu aluno o supere.

Anônimo disse...

Oi, cheguei aqui através do Almanaque, do Marcos Faria. Gosto.

Tita disse...

Acredito que quem quer fazer alguma coisa encontra um meio, e quem não quer fazer nada encontra uma desculpa :P Uso muito isso pra mim mesma...rs

Estou lendo um livro e a parte em que estou diz mais ou menos o seguinte...

- As provas da vida, são o mesmo que as provas do caminho. Elas vêm naturalmente, ao longo do curso dos acontecimentos e todos somos submetidos à provas...

Sem dúvida cada palavra de um instrutor, se torna não uma simples palavra, mas uma força. Quase um desafio aos aprendizes!

Os que acolhem o desafio ganham um prêmio. Os que são incapazes disso, são deixados atrás.

Por isso repito, são bem mais do que palavras. Mas depende de cada um. E o impacto nem sempre é imediato!

Valeu Alarca :)

Alarcão disse...

Caros, obrigado pelos comentários. Agora descobri que tenho 17 leitores! Quero compartilhar com vocês esta mensagem de um amigo, o designer João Doria:

"Pegando carona nessa discussão sobre mestres, etc, mando um texto que peguei no 'As leis da simplicidade' do John
Maeda.

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2 de fevereiro de 2005

Costumava encontrar-me com um velho amigo na piscina do MIT quase
todos os dias. Ele era, conforme me disse, professor de linguística
aposentado.

Hoje eu o vi no vestiário após um longo tempo e tivemos uma breve
conversa sobre 'insegurança', um tema sobre o qual tenho refletido.

"O problema com a insegurança é que, se você é inseguro demais, então
você não cresce – porque está paralisado pelo medo do fracasso." Disse-
lhe do nada. "Por outro lado, se você não tem insegurança, então
também não cresce – porque sua cabeça é tão grande que não consegue
reconhecer seus fracassos"

"Equilibre tudo", respondeu o emérito professor.

Afirmei: "Se você estiver no meio, no entanto, você tem de mover-se na
direção das margens e mexer-se um pouquinho pra saber se está centrado".

"Você pode se perder no meio, às vezes", disse ele.

Permanecemos quietos e terminei de arrumar as minhas coisas.

Então, enquanto estava amarrando meu tênis, disparei: "Mentores".

O emérito professor disse com voz firme: "Você precisa de mentores
para dar-lhe coragem".

Aí fui pesarosamente contundente: "Mas todos os seus mentores tendem a
ir embora quando você fica mais velho".

O emérito então fez uma pausa e respondeu: "Sim, porque você não
necessita mais deles".

Apertei sua mão e disse: "Obrigado pela lição". O professor mestre
sorriu, pôs as meias, colocou o tênis e eu saí do vestiário pensando:
"Exercício faz muito bem pro coração".

- Maeda

Tita disse...

...humildade é preciso!

Não aproveitei seus cursos como gostaria.
Porém, ainda assim, você ajudou-me a abrir muitas portas no meu inconsciente me dizendo que "ERRAR" É BOM!!!

Sou uma pessoa insegura. Mas estou segura da minha busca...

Obrigada por compartilhar!
Abraço da Tati :)

Montalvo Machado disse...

Novamente fui fisgado pelo seu texto desde a primeira linha, e o devorei sem parar até a última.

Não foi a primeira vez, e estou certo que muitas outras acontecerão.

Brilhante. Em forma e conteúdo.

Continue mudando, só não pare de produzir textos, imagens e idéias, porque aí a gente também vai reclamar, e muito.

Abraço, saúde e sucesso!

Márcio Lima disse...

Fala Renato,

Fiz o curso de ilustração conceito e prática, com você no meio do ano passado.
Fiz UFRJ também , meu foco é ilustração vetorial, acho que vc vai lembrar, porque também não concluí esse curso.
Engraçado, pois eu sempre te admirei, mesmo sem conhecer, teu traço é inconfundível, aliás ainda admiro.
Concordo com o texto que você escreveu, principalmente quando você fala que incentiva os alunos a desenvolverem seus talentos, sem interferir. Isso é verdade.

A única coisa que me deixou realmente chateado no teu sistema foi a rigidez (até maior do que a acadêmica) e a punição pelo atraso na entrega dos trabalhos.

Concordo quando vc diz que o interesse maior deve vir do aluno, mas chegar ao ponto de sequer dizer um "tá bom" ou " tá ruim", negando-se a avaliar um trabalho por causa do atraso na entrega, é um punição muito dura, principalmente pra quem, além de sempre ter te admirado, esperar muito tempo na fila pra conseguir uma vaga com você (que foi comemorado quando aconteceu). A tua opinião pra mim teria o mesmo peso de um garoto que começa no futebol, lá nos confins de Caxias, ser avaliado pelo Kaká (e falo sério).

Se é que essa opinião interessa pra você, acho que essa rigidez deveria ser reavaliada. Tudo bem, que talvez vc queira mostrar aos alunos que o mercado é cruel (e eu sei) com relação aos atrasos, mas eu acho que uma oficina dessas deve ser mais light, até porque são pouquíssimas horas diante do muito que temos a aprender com você.

Assim mesmo, acho que alguma coisa foi positiva nessas horas que pude te ouvir.

Valeu.

Grande abraço.

Alarcão disse...

Marcio,

Agradeço a sua mensagem e digo a você que é somente com comentários assim que posso aprimorar meu trabalho como professor.

Sobre o que lhe pareceu uma punição pelo atraso na entrega dos trabalhos, procure ver sob este ângulo:

O curso de ilustração possui um programa de 8 aulas, e em cada uma delas apresentamos um tema, uma proposta de trabalho. Cada aula possui um tempo de 3 horas no qual devem caber todos os objetivos específicos a serem alcançados: sessão crítica, projeção de imagens (slides, datashow, videos), demonstração de técnicas, manuseio de originais etc.

São poucos encontros, e, para que os participantes possam retirar o tutano do curso, temos que, a cada nova aula avançar para os próximos temas. Assim, a bem do grupo, eu procuro não retornar assuntos que já foram tratados em aulas anteriores.

Seguir esta programação garante a fluidez e integração de todo o conteúdo do curso, e é, portanto, parte integral da minha didática.

Agradeço a crítica, que tenho certeza ser construtiva.

Montalvo disse...

Márcio,

Este é o mundo real.

Se você atrasar uma ilustração para um cliente, digamos, um jornal em seu fechamento, o dano causado não é apenas a sua punição como profissional, mas um efeito dominó desastroso para todos que estão envolvidos na produção do jornal, causando desespero e obrigando o pessoal a inventar uma solução emergencial, improvisada, para não sair um quadro em branco na matéria.

O que o Alarcão está fazendo é fichinha perto do que um cliente furioso com um atraso pode fazer, não com você, mas com sua carreira e seus planos de futuro.

Entenda a punição do Alarcão como parte do treinamento, afinal pontualidade é, dentro de certos limites, mais importante do que a qualidade.

Não adianta entregar a arte perfeita com um dia de atraso.

Espero ter ajudado de alguma forma.

Abraços

Márcio Lima disse...

Montalvo,

Tenho 13 anos de experiência de mercado publicitário e sei como as coisas funcionam.

Mas, no meu entendimento, uma oficina dessas não é um treinamento pra "guerra", mas um ambiente favorável ao desenvolvimento de talentos.

Volto a dizer que uma oficina com o Renato é muito enriquecedora, mas infelizmente eu saí dela sem saber se estou no caminho certo dentro do estilo que desenvolvo.

Assim mesmo, obrigado.

Abraço a todos!